DIY: Parede de quadro negro

Como disse no post passado, faz tempo que eu queria fazer uma parede de quadro negro na minha cozinha. Já tinha escolhido a parede, só me faltava a atitude para ir na loja, comprar a tinta e botar a mão na massa. Eis que fim de semana passado eu decidi transformar minha cozinha. Saí, comprei a tinta, comprei um móvel (chega amanhã!) e fiz planos. Essa é a parede:

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Queria pintar tudo, do teto até o chão, da porta (à esquerda) até o fim do radiador. E assim foi feito. Minha parede é de gesso acartonado e bem porosa, então não fiz nada, só apliquei a fita adesiva e mandei bala. Dependendo da condição da parede, eu daria uma lixada antes. Eu usei um pincel macio e usei a tinta direto da lata. Dei duas demãos (e não tirei todo do processo, esqueci!), com duas horas de espaço entre as duas. Aí eu fui no supermercado e comprei giz. Na loja de material de construção tinha giz da mesma marca da tinta, mas eu achei caro e não comprei. Preferi dar uma pesquisada antes, para ter certeza que realmente estava caro. Achei esse por metade do preço, é de uma marca famosa de material escolar (principalmente giz de cera) e achei que valeria a pena. Hunf, se arrependimento matasse! Um giz super duro, riscou toda a parede. Mas minha filha gostou.

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Quase pintei toda a parede de novo, mas resolvi comprar outro giz e ver como seria. Fico feliz de ter feito isso, porque os riscos não são tão aparentes – a não ser que você esteja bem perto do quadro. E no fim das contas, mais cedo ou mais tarde, vai riscar tudo mesmo, então vou deixar como ficou e quando eu achar que está muito feio, eu dou mais uma demão. E o resultado final:

IMG_5193_DxO IMG_5194_DxOTada! Eu gostei do resultado final e tá todo mundo se divertindo com a novidade (menos as gatas, mas elas curtiram o plástico que eu coloquei para proteger o chão).

Duas dicas para quem quiser fazer uma parede dessas em casa:

  1. Deixe a tinta curar por uns 3 dias. É difícil com criança em casa, mas quanto mais tempo você deixar secar antes de usar, melhor ele vai ficar – eu só deixei umas 12 horas, não sabia dessa dica dos 3 dias, só fui pegar lendo outros blogs *depois* que eu já tinha usado.
  2. Pegue um giz branco e esfregue de lado por todo o quadro antes de usar pela primeira vez: isso ajuda o giz a aderir à superfície e fica mais fácil de apagar também.

Não sei se é verdade, mas no site de uma fabricante de tinta li que é melhor apagar com um papel toalha ou com um paninho úmido e evitar apagadores, mas não estava escrito o porque. Acabei não comprando apagador antes porque não achei nenhum com reviews boas, e depois dessa dica acho que não vou nem tentar.

E aí, quem mais de parede de quadro negro? Quero ver suas fotos! 🙂

Decorando com crianças

Não, você não leu errado. Não é decorando *para* crianças. É com crianças mesmo.

Minha filha, Lily, vai fazer 5 anos em junho. Ela ainda dorme no quarto que eu decorei antes de ela nascer. Não precisa nem dizer que ele está cansado, né? Não combina mais com ela e há algum tempo venho querendo mudar tudo. Tirar a cama de criança e colocar uma cama de solteiro, pintar as paredes, colocar cortinas (no momento, ela tem uma persiana rolô). Mas a Lily tem um problema: ela não trabalha com desapego. Ela não quer se livrar do barrado de bichinhos de pelúcia, ela não quer tirar os adesivos e entra em pânico só de pensar que eu vou me desfazer da cama “de Octonautas” dela – mesmo eu já tendo explicado mil vezes que a roupa de cama pode ser usada na cama nova, já que é só o edredom e a fronha.

A solução que eu encontrei foi envolvê-la no processo. Um processo que, sozinho, já é complicado: eu quero colocar um quarto de dormir, uma mini biblioteca e um espaço de brincar em um espaço de 1,90m x 2,35m. Impossível? No Brasil, isso provavelmente seria considerado um armário, já aqui é bem comum nas casas normais ter um quarto pequenininho assim. Basta caber uma cama de solteiro que eles já consideram “quarto” – e pouco importa se não cabe mais nada.

O primeiro passo foi pegar o catálogo de cores da Dulux e passar página por página com ela. Ela escolheu as cores preferidas e esse foi o resultado:

Lily's colour map

E ao invés de escolher algumas dessas cores e fazer um esquema legal, resolvi usar o máximo dessas cores que eu conseguir sem que o espaço minúsculo vire um carnaval na zona.

Nas próximas semanas, vou contar as etapas desse processo divertido – ou não – em que eu me meti.