E então que domingo foi meu aniversário. Sabe aniversário ruim? Então. Começou com festival de piti da pequena e terminou comigo derrubando chá no colo e passando 4 horas de um engarrafamento para o outro. Mas porém contudo – passei algumas horas nesse lugar maravilhoso e é assim que quero lembrar o meu 3.5.

Existe um templo nesse local desde a época dos romanos. O edifício atual é gótico e exibe os três períodos do gótico inglês (na planta abaixo podemos ver qual parte da igreja pertence a qual período). Sua construção começou em 1220 e foi concluída, como é hoje, em 1472. A orientação é oeste-leste (altar no leste), como era comum no período medieval – e é um elemento importante em toda a história da arquitetura religiosa cristã. Consagrada a São Pedro, originalmente era uma igreja católica, mas se tornou de denominação anglicana quando deu a louca no Henrique VIII.

Os pilares da nave marcam a linha da parede da catedral normanda que ocupava o sítio anteriormente. A nave tem 80 metros de comprimento, 30 metros de largura e 29 metros de altura, e é uma das maiores da Inglaterra.

Os vitrais na nave e no transepto são incríveis.


O coro é separado da nave pelo coro alto com escultura dos reis da Inglaterra desde Guilherme, o Conquistador até Henrique VI. A intenção era ter 14 reis, até Henrique V, mas o seu reino foi tão curto que acabou antes de completarem a igreja – então acharam de bom tom incluir o atual rei também.




Embaixo do coro fica a cripta, que é incrível, cheio de esculturas e resquícios das edificações que ocuparam o lugar antes da catedral.

Por último, nós visitamos a galeria subterrânea (undercroft), que foi criada entre 1967 e 1972, durante um trabalho de restauração da estrutura da igreja. Lá é contada a história da catedral, desde os romanos, passando pela cidade viking, até hoje. Infelizmente não é permitido fotografar esse espaço, mas nas palavras da minha filha, o lugar é maravilhoso. O único clique que rolou foi da área de “fantasias” – uma coisa bem legal que é comum nos museus por aqui, uma área com roupas típicas da época/região do museu em que as crianças (e adultos mais animados, rs) podem se vestir e brincar.

Aliás, as atividades para crianças são fantásticas. No guichê de entrada, você pode pegar emprestada uma mochila com um kit para as crianças explorarem a igreja. Tem binóculo para ver o que está longe, lupa para ver o que está perto, jogos para achar objetos, estátuas, figuras. Muito, muito bacana.
O único lugar que não visitamos foi a torre, porque crianças menores de 8 anos não podem entrar.
O ingresso para adultos custa £10 e crianças menores de 16 anos (acompanhadas) não pagam. O ingresso é válido por 12 meses. Algumas pessoas se assustam de a igreja cobrar, mas para quem tem interesse em arquitetura religiosa vale muito o ingresso, as exposições são muito boas e a igreja em si é magnífica. Visitas guiadas também estão inclusas, mas só estão disponíveis de segunda a sábado (nós fomos num domingo). Quem quiser entrar de graça, pode assistir a uma das missas – que não é missa, né, é eucaristia, eu acho -, mas é proibido fotografar durante a celebração.
Adorei a visita, foi ótima para me lembrar o quanto eu gosto de arquitetura religiosa – ainda vou fazer um tour de igrejas!