Bom dia, gente! Continuando a série de posts sobre a nossa viagem, hoje vou falar sobre a tour de arquitetura que eu e a Lily fizemos em Bruxelas. Outro dia postei sobre várias tours de arquitetura pelo mundo, dei uma olhada em algo do estilo, mas no fim acabei decidindo procurar algo auto-guiado, porque, com criança, achei que seria mais fácil para parar quando quisesse – ou mesmo abandonar no meio do percurso, se fosse necessário. Encontrei, então, o roteiro perfeito no site Brussels Life, imprimi direto do website mesmo e lá fomos nós.
Nós chegamos de trem direto na estação onde o roteiro começa. A Estação Central (Bruxelles-Central) é um projeto do arquiteto Victor Horta (1861-1947). Horta começou a trabalhar no projeto da estação em 1910, mas a construção não começou até 1937, devido aos atrasos ocasionados pelos processos de desapropriação e pela 1ª Guerra Mundial. Novos atrasos foram causados pela 2ª Guerra Mundial e Horta ainda estava trabalhando no projeto quando faleceu em 1947. A construção continuou conforme o seu projeto e a estação foi inaugurada em outubro de 1952.
A segunda parada é a Galerie Ravenstein – no lugar está a galeria atualmente havia um palácio renascentista, o Palácio Granvelle, que foi demolido em 1930.
O local é super movimento, com algumas obras e andaimes nas proximidades e eu tive um pouco de dificuldade de fotografar, então depois dessa foto horrorosa (rs), eu passei as próximas paradas do roteiro (o prédio da Shell e os prédios da Rue Colonies) apenas lendo e apreciando.
Em seguida, chegamos à Catedral des St Michel et Gudule. Construída em estilo gótico francês, a igreja levou cerca de 300 anos para ser concluída – do século XIII ao século XVI.
Normalmente, eu gosto de passar bastante tempo fotografando o interior de igrejas, mas como vocês podem ver já estava escurecendo (era mais ou menos 5 horas da tarde) e eu só tinha esse mapa para me guiar – meu celular morreu com mais de 30% de bateria algumas horas antes -, então estava com medo de me perder. Acendemos uma vela e fizemos uma oração – tradição familiar! 🙂
Seguimos então para o Comic Arts Museum, mas só pudemos ver por fora: apesar de site dizer que o museu fecha às 6, tinha uma pessoa na porta negando entrada para quem chegava. O prédio é mais uma das obras do Victor Horta.
Em seguida, fomos para a antiga Place St Michel – atualmente se chama Place des Martyrs, porque os mártires da Revolução Belga (1830) foram enterrados ali -, que é uma praça neoclássica do fim do século XVIII. Foi a primeira praça da capital belga a ser projetada de acordo com um plano simétrico característico da antiguidade clássica. O arquiteto responsável pelo desenho foi Claude Fisco em 1774. É um ótimo lugar para descansar as perninhas cansadas de menininhas espoletas, bem calmo comparado com o resto do trajeto.
No restante do passeio, aproveitamos para comprar chocolate e nos perder um pouquinho, até chegarmos ao destino final do roteiro: Grand-Place.
Olha, gente, o lugar é magnífico e eu acho que valeu muito a pena ter chegado lá a noite – lindo, lindo, lindo. Só vou ficar devendo mais fotos porque, assim que colocamos os pés na praça, encontramos dois dos grandes conhecidos de quem tem filhos pequenos: “mãe, preciso ir no banheiro” e “mãe, estou com fome”. Então fomos achar um banheiro e um lugar para comer, e depois achar o caminho de volta para a estação para voltar para a nossa base.
Estou finalizando um arquivo PDF com o roteiro em português e vou contactar o criador para disponibilizá-lo aqui no blog. Por enquanto, se alguém quiser o arquivo, me manda um email que eu envio!
Imagens: Mapa. Todas as outras imagens foram fotografadas por mim.