Prêmio RIBA House of the Year ~ Caring Wood

Desde ontem estou apresentando aqui os finalistas do Prêmio RIBA House of the Year, que premia a melhor casa projetada por um arquiteto/escritório de arquitetura no Reino Unido. Lembrando que essa premiação ocorreu no fim de 2017 e o vencedor já saiu, portanto você pode já ter visto o resultado por aí, mas eu queria mostrar todos os projetos concorrentes.

A segunda finalista do prêmio se chama Caring Wood e foi projetada pelos arquitetos James Macdonald Wright, do escritório Macdonald Wright Architects, e Niall Maxwell, do escritório Rural Office for Architecture.

Do site do escritório Macdonald Wright:

Caring Wood é uma casa de campo para três gerações da mesma família, incorporando espaços formais, comuns e privados. Locada em um terreno de 84 acres, o programa exigia que se incorporasse o espírito da casa de campo inglesa que abraçasse o seu contexto e paisagem, enquanto oferece uma solução neutra de carbono em resposta às mudanças climáticas.

 

O que vocês acham? Pessoalmente, não é o meu estilo e sinceramente não sei se cabe competir com outros projetos bem menores, mas eu não sou o RIBA, né, rs. Bom fim de semana pra quem passar por aqui e na segunda estamos de volta – e quinta e sexta tem mais projetos do prêmio!

Imagens: 1-4. 5 e projeto.

Prêmio RIBA House of the Year ~ Shawm House

Bom dia, amiguinhos! Como prometi, cá estou eu de volta, e vou começar com uma série de projetos, os finalistas do prêmio RIBA House of the Year. Uma das últimas coisas que eu escrevi aqui antes do meu hiato foi sobre os finalistas do prêmio em 2015 – então, achei adequado retomar de onde eu deixei. 🙂

O prêmio de 2017 foi, novamente, apresentado como uma série do programa Grand Designs – acho que tá na Netflix no Brasil, mas não sei se esta séries já está disponível – e, como todo mundo já sabe quem ganhou, vou apenas apresentar os finalistas aqui, dois por semana, quintas e sextas.

Pensei muito se deveria começar pelo vencedor, deixar o vencedor por último ou postar na ordem que os projetos foram apresentados no programa, e decidi que vou postar na ordem do programa, sem dizer quem é o vencedor – caso alguém não tenha assistido! – e dar o meu pitaco no último post.

Antes de começar, eu gostaria de deixar aqui uma pergunta pra quem vem aqui, tanto quem vem pela primeira vez quanto pra quem acabou de chegar pelo google: o que vocês mais gostam de ver aqui? Eu sei quais são os artigos mais populares do blog – cv, presentes, equipamento de desenho, banheiros e cobogós, mas o que mais vocês gostariam de ver? Inspiração, decor, DIY? Me deixem um recadinho falando, ou me mandem um email.

Ok, vamos começar: a primeira casa é a Shawm House, projetada pelo escritório MawsonKerr Architects, que fica no condado de Northumberland, no nordeste da Inglaterra. A casa foi – literalmente! – construída pelo filho dos donos, para proporcionar uma casa adequada à idade avançada de seus pais.

Do site do RIBA:

O time envolvido no projeto combinou o conhecimento de construções Passivhaus, com um etos de design sustentável e alinhando essa abordagem à estratégia de utilizar materiais disponíveis no sítio e de origem local para conceber uma proposta sustentável, de baixa energia e de baixo impacto. A execução desse design é da mais alta qualidade, como um entendimento excepcional do processo construtivo e atenção ao detalhe que levou a uma construção de altíssima qualidade, feita a mão. A qualidade do acabamento é evidente na aparência da construção e na performance excepcional em critérios de qualidade.

 

Essa é a minha casa preferida de todas – linda, linda! E vocês, o que acham? Amanhã tem mais!

Imagens: RIBA

Prêmio RIBA House of the Year ~ surpresa!

Bom dia, gente! Então, na minha cabeça, hoje seria o dia que eu simplesmente diria quem ganhou o prêmio, escreveria uma redação sobre como o mundo é injusto etc etc, mas fui surpreendida pelo fato de eles anunciarem mais um finalista no mesmo dia do anúncio do vencedor – oi? Enfim, não sou eu quem manda nessa bagaça, eu só conto o que acontece (rs), então trago pra vocês o último indicado, o vencedor e a reclamação tudo num post só – vou resumir pra não ficar muito longo.

The Mill WT Architecture banner

Começando pelo último indicado (1. 2. 3. 4. 5. 6.): The Mill, projetada pelo escritório WT Architecture. A casa fica na Escócia e era originalmente as ruínas de um moinho. O website do escritório é bem sucinto e, sobre o projeto, diz apenas que “novas aberturas nas paredes existentes foram evitadas, com uma nova estrutura independente se encaixando dentro das paredes consolidadas.”

The Mill WT Architecture 01 The Mill WT Architecture 02 The Mill WT Architecture 03 The Mill WT Architecture 04 The Mill WT Architecture 05 The Mill WT Architecture 06 The Mill WT Architecture 07 The Mill WT Architecture 08 The Mill WT Architecture 09 The Mill WT Architecture 10The Mill WT Architecture isométrica The Mill WT Architecture perpectiva interna

Esse projeto talvez seja a resposta do porquê eu não gostei tanto da casa de antes de ontem. Sim, o (outro) projeto é bacana, mas cadê inovação, soluções criativas, etc etc? Um bom projeto é o mínimo que se deve esperar de um arquiteto e por si só não deveria ser motivo de premiação – nem de indicação, na minha opinião. Agora, pegar algo que já existe e transformar em um espaço de morar – quando seria bem mais simples demolir o prédio existente ou simplesmente construir algo totalmente novo -, buscar soluções para esse espaço, é outro tipo de desafio.

Mas, enfim, toda essa minha discussão sobre quem merece e quem não merece ser indicado pouco importa, já que não foi nenhum desses projetos que ganhou, hahaha 😀 E também não foi a casa que eu havia escolhido – mas o resultado não chega a ser surpreendente. O vencedor é *rufar dos tambores*:

Flint House Skene Catling de La Peña 01
Flint House!

A Flint House é o perfeito exemplo do que quantidades ilimitadas de dinheiro e um cliente liberal podem fazer – e isso não é uma crítica, é provavelmente o sonho de todo arquiteto, rs. Agora, o mimimi: para mim, esse prêmio serviu para ter uma ideia do que acontece com a arquitetura no Reino Unido e, talvez, uma explicação do porquê esteja sendo tão complicado para mim conseguir me colocar no mercado: tudo acontece em Londres. Só 2 dos 7 escritórios concorrentes não estão em Londres, metade das casas são em Londres e 5 das 7 são no sul da Inglaterra. Bom, talvez eu esteja equivocada e esse ano seja uma anomalia (afinal, ano passado quem ganhou foi uma casa no País de Gales, projetada por um escritório do País de Gales), mas me parece uma pena que, aparentemente, apenas uma parcela do país esteja se beneficiando de boa arquitetura. Enfim, vamos aguardar a premiação do ano que vem e ver o que acontece!

Imagens: The Mill 

Prêmio RIBA House of the Year ~ House at Maghera

House at Maghera McGonigle McGrath banner

Bom dia, gente! Estamos chegando ao final da nossa série de finalistas do prêmio RIBA House of the Year (1. 2. 3. 4. 5.). A última finalista é a House at Maghera, do escritório McGonigle McGrath. Do site dos arquitetos:

Maghera é um vilarejo no Condado de Down, na Irlanda do Norte. Existem evidências no povoado de uma tradição de telhados inclinados de forma simples, utilizando alvenaria revestida em reboco ou pedra, e telhados de ardósia ou aço. Os melhores exemplares estão localizados de forma que suas empenas conversam com a rua.

A proposta foi concebida como uma contribuição ao contexto e cenário da vila, por sua representação como uma coleção de formas tradicionais, casualmente colocadas e derivadas do posicionamento e da geometria espacial das estruturas do vilarejo.

Dois elementos inclinados completam a montagem formada pelo prédio adjacente, que é organizado como uma série de empenas se relacionando com a rua, e continuando a história da forma construída da vila. As empenas caminham na planta para acentuar o movimento e mudança de direção da rua, e para vislumbrar partes da paisagem na distância. A ligação dos elementos é casual em sua forma, refletindo a natureza local de técnicas de construção rurais esporádicas e eficientes.

O telhado inclinado resultante da ligação desses elementos se impõe sobre o elemento menor, criando assimetria e portanto casualidade em sua forma e desenvolve a ideia de que o telhado é um plano dobrado. As empenas são intencionalmente sólidas e sem aberturas no pavimento superior, refletindo os celeiros de alvenaria locais e respeitando o caráter da vila ao sul.

House at Maghera McGonigle McGrath 01 House at Maghera McGonigle McGrath 02 House at Maghera McGonigle McGrath 03 House at Maghera McGonigle McGrath 04 House at Maghera McGonigle McGrath 05 House at Maghera McGonigle McGrath 06 House at Maghera McGonigle McGrath 07 House at Maghera McGonigle McGrath 08_House at Maghera McGonigle McGrath 09 House at Maghera McGonigle McGrath 10House at Maghera McGonigle McGrath plantasHouse at Maghera McGonigle McGrath elevaçõesHouse at Maghera McGonigle McGrath situação

Eu gostei muito desse projeto, bem o meu estilo de casa. E assim chegamos ao final da série. Minha aposta ainda é que a vencedora vai ser a Kew House, por causa do sistema construtivo. E aí, alguém mais arrisca um palpite?

Imagens: Fotos. Plantas.

Prêmio RIBA House of the Year ~ Vaulted House

Vaulted House vPPR banner

Bom dia, gente! Começando mais uma semana melhor do que a semana passada terminou – finalmente o painel de admin do blog voltou a funcionar! 🎉 Vou publicar ainda hoje (retroativamente) o post de sábado, com os modelos de cv grátis que eu achei na web, mas vou ficar devendo a rodada de links da semana – semana que vem tem mais 😉

O post de hoje é sobre a quarta finalista (1. 2. 3.) do prêmio House of the Year do RIBA, a Vaulted House, projetada pelo escritório vPPR Architects. Do site dos arquitetos:

Uma série de abóbadas transferem luz natural para o site industrial, isolado da rua pelos jardins residenciais vizinhos. Escondido atrás de uma porta de garagem comum voltada para a rua, uma varanda secreta forma a entrada para essa casa peculiar.

Poucas janelas exteriores são permitidas na parede externa, então a entrada de luz natural pelo telhado orienta o projeto. As áreas de convivência estão localizadas em toda a extensão piso superior em plano aberto. Ao invés de divididas por níveis ou paredes rígidas, as diversas zonas deste piso são demarcadas pela luz transmitida pela iluminação zenital.

A posição das clarabóias foi calibrada cuidadosamente para iluminar as diversas atividades durante o dia, de acordo com os ângulos do sol. A luz da manhã invade a cozinha, varanda e área do café da manhã, enquanto o sol do fim de tarde ilumina a biblioteca e a área de jantar. A luz constante do norte ilumina o escritório e o hall de entrada. Grandes portas de correr de vidro, localizadas ao lado da área de jantar, se abrem totalmente para criar um espaço contínuo interior-exterior no verão.

A luz é transmitida aos quartos amplos no andar inferior através de uma série de jardins internos. Um espaço com pé direito duplo, com sua abóbada espetacular, contém a escada e tem vista para o quarto de brincar.

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Imagens: Fotos. Plantas.