Gente, como vocês sabem (ou não!), voltei semana passada do Brasil. Como nós somos pobres nossa parada final é Uberlândia, a gente acaba sempre indo pelo aeroporto que tem passagens mais baratas ou as conexões mais convenientes, então fazia muitos anos que não passávamos por Guarulhos. Foi uma surpresa e tanto chegar no novo terminal mas, às 6 horas da manhã depois de uma noite em um avião, morrendo de sono, só rolou uma passada básica até o ônibus que faz o transporte até Congonhas. A única coisa que me chamou a atenção foi o tamanho do free shop – gente, aquilo é um shopping! Em Heathrow são duas portinhas com meia dúzia de perfumes, bebidas e cigarros, rs (na chegada, na partida também é um shopping centre e tanto!).
Já na volta pra casa, apesar do pepino/abacaxi/problema gigantesco que aconteceu (e que eu explico em outra oportunidade), já deu pra ter outra vivência do espaço. Nós almojantamos no aeroporto e minha primeira impressão não foi muito boa. O andar dos restaurantes me pareceu meio claustrofóbico, com o pé direito muito baixo em relação ao todo. Os elevadores são ridiculamente pequenos, duvido que caibam dois carrinhos. Faltam sinalizações claras de onde ficam as coisas importantes no aeroporto (eu precisava ir na ANAC e não tinha escrito em mapa nenhum onde fica, nem em placa nenhuma. Foram dois PMs que estavam passando que me disseram onde era. Fica no terminal 2, a quem interessar possa) e não achei um orelhão em lugar nenhum – se tinha, estava muito bem escondido. Tudo coisa pequena, mas que, na minha opinião, não deveria acontecer num terminal que acabou de ser inaugurado.
Fora esses percalços, a impressão é de estar num dos grandes aeroportos europeus: pé direito altíssimo, espaços amplos, estrutura metálica e vidro para todo lado – muito uso de iluminação natural. Bem diferente da vibe “concreto por toda parte” dos terminais 1 e 2.
Agora, normalmente eu falaria do projeto em si, mas vou confessar que eu precisaria de semanas para entender o que aconteceu ali – anos de demora, troca de arquitetos, enfim, uma grande confusão. Essa matéria da Infraestutura Urbana dá uma esclarecida para quem tiver curiosidade. Esteticamente, numa análise rápida, preferia o primeiro projeto. Engraçado que esse monte de volumes desencontrados fariam o coração da estudante de arquitetura Carolina suspirar, mas hoje já não me agrada tanto. Funcionalmente falando, é complicado comparar sem estudar os projetos e eu nem vou arriscar, já que corro o risco de fazer papel de boba. O que posso dizer é que o que foi construído funciona bem – na minha experiência. Vale a pena observar que nós estivemos ali em um domingo, que talvez seja um dia mais tranquilo, mas no geral foi uma experiência boa.
Projeto arquitetônico: Engecorps Typsa