Como eu tinha dito aqui, ontem eu e a minha família fomos assistir ao filme Precise Poetry, sobre a arquitetura de Lina Bo Bardi.
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*suspiro profundo*
Não sei por onde começar, então vou começar pelo lado bom. É um filme muito bonito, visualmente falando. Achei que ele conseguiu explorar bem a arquitetura da Lina no sentido visual, quase que transportando os espectadores para esses espaços que, imagino, a maioria não conhece pessoalmente. As histórias contadas no filme são bem divertidas e dão uma pincelada de como era a personalidade da Lina. A frase do título desse post, por exemplo, vou levar para a vida – meu novo lema. A parte em que o Marcelo Ferraz compara arquitetura com poesia, que acabando dando nome ao documentário, colocações geniais.
Mas é só. Assim que saímos do filme, perguntei ao meu marido o que ele achou, antes que ele pudesse me perguntar. Ele, que não é arquiteto, conhece pouco de arquitetura e estava ali para aprender, achou que o filme superficial e muito cheio de rodeios. Você vê a arquitetura, mas o que você aprende sobre ela? Quase nada. Eu tive a mesma sensação, um pouco colorida por lembranças de estudante de arquitetura do interior, no século passado, tirando fotos com os colegas no vão do MASP. Me senti um pouco como se estivesse assistindo aquele quadro do programa do Faustão, que traz amigos e a família para falar sobre determinada pessoa, sabe? Desapontamento define.
O que valeu mesmo a viagem foi a fala da arquiteta Ana Araújo antes do filme e o livrinho com artigos da Lina, com conteúdo escrito e gráfico muito bacana.
Bom, não sei bem o que eu estava esperando, mas certamente não era o que eu assisti. Sabem aquele meme que diz “Não crie expectativas, crie porcos”? Então, fiquei sem bacon! Mas acredito que, no grande esquema das coisas, será um documentário muito importante para a divulgação no exterior da arquitetura brasileira como um todo e da Lina como uma grande representante dessa arquitetura.
* Mágoa de caboclo bônus: cadê Espírito Santo do Cerrado? Mimimimi! *
PS: esse livrinho aqui em cima foi traduzido do livro Lina por escrito, da editora Cosac Naify.